Educação Especial nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: possibilidades e desafios


 

Comentários

  1. Olá, venho parabenizar pela conferência e o conhecimento compartilhado. Fui professora de uma criança autista durante o ano letivo passado e fiquei apaixonada pela produção e temática da inclusão. Nós sabemos que os desafios são constantes, na verdade, diários. Mas enquanto educadora, vejo as possibilidades de adaptações de atividades, mas vejo também, que existem muitas dificuldades para o professor que não está preparado para trabalhar com o estudante atípico. Pela experiência de vocês, a maior dificuldade na Educação Inclusiva, seria a formação inicial do professor ou a contínua? Abraços. Rafaella Gregório de Souza.

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    1. Olá Rafaella, como está? Ficamos muito felizes por sua exposição aqui e ainda mais por conseguirmos compartilhar saberes sobre a inclusão escolar. Muito obrigada viu? Pelas suas palavras a experiência com uma criança autista foi muito rica, não é? Ou seja, vivenciar e estar disposta a aprender e reaprender foi importatne. Penso que é isso que falta na formação enquanto docentes: o estar dispostoa experienciar. Sair da zona de conforto. Nos cursos de licenciatura, em sua maioria, já tem em sua grade componentes curriculares que direcionem para temáticas da inclusão escolar e Educação Especial. Então, um embasamento teórico existe e depentendo de como os professores desse componente direcionam seu método também é possível ter práticas com viés inclusivo. Logo, existe uma base sobre inclusão na formação inicial, lógico que não é o suficiente. Nunca é! Por isso, a formação em senviço ou formação continuada é extremamente importante. É preciso que os cursos de curto, médio e longo prazo aconteçam frequentemente para para que os professores se informem sobre questões pertinentes a inclusão, sobretudo do público da Educação Especial. Assim, muitos mitos, medos, preconceitos e discriminações podem ser evitadas nas práticas docentes. Eu sou a favor da formação com viés inclusivo existir constantemente. Um abraço e espero que você continue na luta por uma educação (mais) inclusiva.

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  2. Parabéns pela excelente palestra! Sou docente de Instituição de ensino superior e tenho notado o crescente aumento no ingresso de estudantes com deficiências e TEA nos cursos de graduação, especialmente na área da saúde. O grande desafio é que nós, docentes do ensino comum das áreas técnicas e propedêuticas, temos enfrentado uma enorme carência de conhecimentos sobre o atendimento especial especializado. Muitas vezes esse aluno chega nas IES sem o diagnóstico confirmado ou o omite por vergonha da sua condição. Isso dificulta ainda mais o processo de ensino e aprendizagem, culminando muitas vezes na evasão. Vocês mencionaram a existência de atividades de extensão nessa área, mas pelo que percebi, todos os programas são voltados para o setor público, correto? Desde já agradeço a atenção. Leila Valverde Ramos.

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    1. Oi Leila, tudo bem? Espero que sim. Realmente é maravilhoso ver que os estudantes com deficiências ou TEA estejam chegando aos níveis mais elevados de ensino. Maravilhoso e desafiante como você bem pontuou. Penso que isso é ótimo para nos tirar da zona de conforto já que historicamente muitos acreditavam que essas pessoas nunca chegariam a níveis tão elevados. Não é? A carência de saberes existe em função de várias questões históricas e de formação. Daria para discutirmos por horas essas questões. O mais importante é os professores estarem pré dispostos a buscarem saberes sobre as especificidades de seus estudantes e para além disso, a instituição de ensino ofertar isso, caso contrário fica só na responsabilidade do docente "se formar". A questão do diagnóstico é importante porque garante direitos aos estudantes e apontam norteadores para as ações da instituição, ou seja, se o estudante já tem um diagnóstico sobre TEA, por exemplo, já se procura norteadores, direcionamentos ou estratégias para essa especificidade. Mas o diagnóstico por si só não garante a inclusão. Precisamos as vezes pensar para além do diagnóstico, pois qualquer condição atípica de um estudante precisa ser contextualizada e não se esgota apenas na categorização e especificações atribuídas a um quadro de deficiência, TEA, altas habildiades/superdotação, transtornos,
      distúrbios, etc. Afinal, cada sujeito é único e se difere absurdamente, mesmo tendo o mesmo diagnóstico. Sobre os cursos de extensão que ofertamos no IF, eles são para qualquer pessoa participar, desde que atenda os requisitos básicos de cada curso. Todavia, não precisa ter relação com universidades ou IF. Além disso tem muitos eventos na área da Educação Especial acontecento, muitas lives, cursos, etc. Precisa dar uma pesquisada e ter os contatos certos (risos). Vou até divulgar o nosso que acontecerá no início de outubro (risos). Link de inscrição do evento: https://www.sympla.com.br/iv-sedird-e-i-encontro-do-gpeeped__936508. No mais, um beijo enorme e obrigada por sua reflexão aqui. Adorei!

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  3. Letícia Caribé Batista Reis23 de setembro de 2020 às 07:37

    Gostaria de parabenizar pela excelente palestra! O trabalho pedagógico, no atual cenário social, necessita da mediação tecnológica para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem. Um dos desafios que surge ao professor é a de (re) pensar sobre sua atuação, em meio ao trabalho com as tecnologias digitais de informação e comunicação, e como favorecer a inclusão de alunos com necessidades especiais. Que metodologias podemos utilizar na aprendizagem desses alunos em meio ao ensino remoto?? E como podemos motivar as famílias desses alunos a colaborar nessas atividades?

    Letícia Caribé Batista Reis

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    1. Olá Letícia, como está? Espero que na medida do possível bem. Essa questão do ensino remoto tem sido muito problemática para todos nós viu? Porque ainda enfretamos tantas questões delicadas no ensino presencial, imagine no virtual. Está bem complicado. E eu sempre penso e digo que não existe receita pronta, nem no presencial e nem no virtual (risos). Estamos tentando aprender a como atuar nessa nova perspectiva que nos foi imposta. Eu mesma não tenho respostas, sou sincera em te dizer, pois cada caso é um caso, ou seja, cada estudante tem suas particularidades. Se puder te dar algumas orientações é: Primeiro, conheça o estudante que você acompanha: suas características, particularidades, suas necessidades, sua realidade cultural, social e econômica. O que ele tem de recursos (materiais e equipamentos) disponível para este momento? Como são as condições para estudo? Tem local apropriado para estudar? Como é a estruturação familiar desse estudante? Ele pode ou não "contar" com a família? O que ele poderia realizar sozinho? O que ele poderia realizar com auxílio da família? O que vou solicitar desse estudante (conteúdo)? Porque vou solicitar (objetivo)? Como vou solicitar (médodo)? Ele tem condições de realizar (com ou sem apoio)? Como vou avaliar? ... Eu geralmente procuro fazer vídeo-chamadas para conversar com os pais e com os estudantes e fazer esse levantamento. A partir disso, direciono os atendimentos. Nem todos estão sendo possíveis, nem para estudantes público da Educação Especial, e nem para os que não são pertencentes a este público. Vou ser bem sincera. Estamos na busca. Um beijo e espero que possamos encontrar soluções para um ensino remoto (mais) inclusivo.

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  4. Parabenizo o minicurso pela apresentação didática e problematizadora. A Educação especial é de interesse de todos nós e requer nosso comprometimento para a construção de uma escola de fato inclusiva, para que todos tenham acesso à educação! Creio que algumas instituições ainda encontram no cotidiano várias resistências em promover ações. Creio que a maior dela é atitudinal. Muitas vezes parece que cabe ao docente AEE e NAPNE prestar todas as formas de suporte aos estudantes, e que aos demais profissionais é optativo fazer esse processo diferenciado. Penso que essa mobilização deveria ser pautado no comprometimento, no engajamento institucional, contudo, verificamos pouco interesse em participar de momentos formativos e até de buscar ajuda no NAPNE, e requer muito esforço dessas equipes para que haja algum tipo de atendimento. Quase sempre resultante de cobranças insistentes, e poucas vezes por percepção de que isso é necessário. Quais são as formas de enfrentamento de barreiras atitudinais desenvolvidos por vocês, principalmente quanto são apresentados justificativas para não realização de atendimento individualizado e durante outros momentos coletivos aos discentes com necessidades específicas?

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    1. Oi Grace. Como você está? Você trouxe grandes reflexões e compactuo com elas. Sobre seu questionamento, penso que explanamos no vídeo o que temos tentado realizar. Como disse, tentado. Nem sempre todas as nossas ações enquanto professoras da Educação Especial tem sido frutíferas, mas tentamos proporcionar momentos de formação e informação a todos os servidores do campus por meio de eventos, cursos, diálogos apresentando questões relacionadas aos diferentes tipos de acessibilidade, os conceitos e práticas com viés inclusivo, relatamos detalhadamente aos docentes as especificadades dos estudantes acompanhados no AEE e coletivamente procuramos estabelecer ações inclusivas para que as necessidades dos estudantes sejam respeitadas e atendidas. Realizamos conversas e práticas com as turmas dos cursos, sobretudo as que tem estudantes acompanhados pelo AEE, para que possamos esclarecer dúvidas, apresentar as necessidades dos colegas e como eles podem auxiliar, etc. Conversamos com as famílias dos estudantes. Também tentamos elaborar o Planejamento Educacioanal Individualizado (PEI) quando o estudante necessita. São várias ações que procuramos realizar para que o estudante tenha acesso, permanência e oportunidades de aprendizagem no espaço da instituição e possa ser respeitado enquanto sujeito. Não tem sido fácil, mas coletivamente temos tentado. Ora acertamos, ora não. Ora é frutífero, ora não. Mas não desistiremos. Um beijo enorme Grace e continue nas lutas.

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  5. Profas. Patrícia e Eliane,

    parabéns pelo minicurso. Os temas de diversidade e inclusão são fundamentais para pensar a nossa educação, especialmente agora nesse contexto de pandemia, no qual as distâncias e desigualdades têm sido ainda mais aprofundadas.

    Entrei recentemente no IFBaiano e já percebi uma postura bastante atuante do NEABI e do NAPNE no atendimento aos alunos, ainda que infelizmente acompanhada da sobrecarga de alguns servidores e professores para atender todas as demandas, especialmente no caso de intérpretes.

    Obrigada pelo compartilhamento de experiências e conhecimentos,
    Melina Mörschbächer

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    1. Oi Melina, como está? Seja bem-vinda ao IF Baiano então :). de que campus você é? Nós também somos novatas (risos). Chegamos no início de 2018. Estamos nas lutas, aprendendo e (re)aprendendo a cada dia com os membros do Napne, Neabi, Nuape, Napsi e outros. O IF é uma realidade completamente diferente da educação não profissional. Muito mais complexa e que ainda está no processo de ser estruturada pensando no público da Educação Especial. Mas esperamos que possa, um dia, ser de fato inclusiva. Não é? Um beijo enorme e que possamos trocar muitas "figurinhas".

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    2. Muito obrigada pelas respostas e pelas boas-vindas, espero também que a chegada de vocês tenha sido tão calorosa quanto a minha felizmente tem sido.

      Eu ingressei no campus de Bom Jesus da Lapa no início desse ano e tenho aprendido muito, especialmente com um envolvimento mais direto com o Neabi.

      Seria um prazer manter contato e compartilhar mais experiências.
      Abraços e, mais uma vez, obrigada pela exposição.

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    3. Melina, fico feliz por toda essa receptividade. Realmente falam muito bem de BJL.
      Aproveite muito e seja muito feliz.
      Um beijo enorme e com certeza nos cruzaremos nas atividades do IF Baiano.

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  6. Professoras Patrícia e Eliane, parabéns pelo mini curso. Muito pertinente os relatos de vocês. Sou professora do AEE na rede municipal de serrinha e gostaria de saber como ocorre a escolha dos tutores para a tutoria de patres? e para o grupo de pesquisa - GPEEPED como faz para participar?
    Liz Leal Mota Capistrano

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    1. Oi Liz, tudo bem? Obrigada pelos elogios. Ficamos muito gratas! Em relação a escolha de tutores, eu geralmente faço depois das intervenções dialógicas nas turmas em que tem estudantes que necessitam de auxílio dos colegas para realização das atividades realziadas nos componentes curriculares, ou seja, depois que realizo as dinâmicas com as turmas sobre a importância do respeito à diversidade e aos colegas que apresentam necessidades específicas. Então, primeiro converso com o estudantes que acompanho no AEE sobre o que seria a tutoria de parese o que ele pensa a respeito. Pergunto se aceitaria essa estratégia (todos aceitaram até o momento) e se poderia conversar com a turma sobre isso. Pergunto ainda se eles tem sugestões de quais colegas poderiam ser tutores e ainda pergunto na turma quem gostaria de atuar como tutor, explicando o que seria. Geralmente alguns estudantes se dispõem a particiapr como tutores. Como nos cursos integrados (Ensino Médio + técnico) são 17 componentes curriculares tenho em torno de 6/7 tutores que ficam responsáveis por 2/3 componentes. Já nos cursos técnicos temos 9 componentes curriculares então 2/3 tutores. Lembrando que realizamos toda uma avaliação para compreender se o estudante precisa ou não de tutores e em quais atividades precisa. Os tutores são orientados por mim a como realizar as atividades advindas da tutoria e acabam repassando essas informações para os colegas de turma, para professores e demais pessoas. Gosto muirto dessa estratégia. O professor Woquiton Lima Costa, nosso colega de IF Baiano, tem vários artigos na área de tutoria. Espero ter conseguido responder. Um abraço enorma Liz.

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    2. Aaaaaaaaaah Liz sobre o Grupo de Pesquisa em Educação Especial na perspectiva da Inclusão Escolar (GPEEPEI) é itneressante dialogar diretamente com a professora Patricia Zutião. Ela é a líder desse Grupo e coordena todas as atividades inerentes a ele. Eu só auxilio (risos). Acredito que ainda seja possível participar sim e aproveito para dizer que as discussões são super pertinentes. Mande um e_mail para ela: patricia.zutiao@ifbaiano.edu.br

      Um beijo flor.

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  7. Meninas, parabéns pelo mini curso! Muito enriquecedoras as falas. É um desafio muito grande tornar a escola, de fato, inclusiva. Importante vocês reforçarem que é um esforço coletivo, de todo mundo que está na escola e se envolve, de alguma forma, com as atividades desenvolvidas. Parabéns pelo trabalho que vocês desenvolvem.. muito bom saber que podemos contar com profissionais tão engajadas, comprometidas e envolvidas com o público da educação especial como vocês. Obrigada! Abraços, Eliane Silva de Queiroz

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    1. Ah Eliane, minha xará. Obrigada pelo carinho e pelas palavras tão significativa para nós. Obrigada mesmo. Que bom que temos essas oportunidades de compartilhar, não é?
      E realmente sempre uma relação de colaboração coletiva nunca será possível realizarmos de fato a inclusão. Que possamos sempre nos apoiar e nos ajudar nessas lutas.
      Um abraço enorme. Boas lutas e práticas para você viu?

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  8. Excelentes falas! Parabéns Queridas!

    Me sinto orgulhosa em fazer parte de um Campus (IF Baiano Campus Serrinha) que abraça com o coração, boa vontade e muito trabalho para garantir a inclusão dos nossos Estudantes!!!

    A Educação Especial precisa de fato alcançar a integração e inclusão desse público, garantidos pela busca, trabalho e adaptações principalmente dentro dos Institutos. Somados também ao fortalecimento do vínculo e envolvimento entre a Escola e os familiares.

    Como Docente, e diante dessa realidade imposta pela pandemia, por vezes me sinto frustrada por não saber como envolver e contagiar um pouco mais nossos estudantes da Educação Especial.

    Adrielle Souza Leão Macêdo

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    1. Olá Adriele, como você está?
      Obrigada pelas palavras e por compartilhar também suas impressões conosco. Tenho certeza que você tem contribuído significativamente para que o campus Serrinha seja mais inclusivo. Realmente essa pandemia tem sido cruel, em diversos sentido, e um deles é como proporcionar educação de qualidade para nossos estudantes diante das condições culturais, sociais e econômicas que estamos vivendo. Tem sido muito difícil para todos os envolvidos com a educação e ainda mais para nossos estudantes público da Educação Especial. Penso que o importante no momento é não desistir. Que possamos desanimar, por vezes desacretidar, mas não desistir de encontrar meios para que TODOS nossos estudantes possam se apropriar do que estamos ofertanto enquanto docentes e enquanto instituição. Um caminho árduo, não nego. Mas penso que precisamos encontrar meios de ser possível, não é? Desistir não pode ser uma opção. Um abraço carinhoso e cheio de energias para que você não desanime e corra para Zutião que está aí pertinho de você.

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    2. Sem dúvida a vontade e querer é de não desanimar!! São muitos os desafios e angústias, mas tenho fé que logo tudo isso passará e em breve retomaremos à nossa rotina de inclusão com nossos estudantes de pertinho! Patrícia é com certeza nosso acalento e norte nestas questões!

      Obrigada e Sucesso!

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  9. Maria Luiza da Silva Chamarelli Santos30 de setembro de 2020 às 04:26

    Olá meninas, muito boa a exposição. É muito bom saber sobre o que é oferecido aos estudantes nos Institutos, que estão melhorando, auxiliando e colaborando com a aprendizagem do alunado desses Instituto. Sabemos que há muito o que melhorar, mas é inegável a importância já aconteceram.

    Maria Luiza da Silva Chamarelli Santos

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  10. Ana Maria Anunciação da Silva30 de setembro de 2020 às 09:56

    Parabéns Professoras. Há uns dois anos venho acompanhando o trabalho de excelência que vocês desenvolvem. São ações que nos provocam reflexões, nos conclamam a mergulhar no estudo da temática que merece a devida atenção.

    Sou fã.
    Ana Maria Anunciação da Silva.

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